Quinta, 08/12/11.

Desabafo de um incompreendido -o mundo jaz no maligno.
Os homens não se comunicam famílias não falam mais a mesma língua; pais e filhos não se vêem como amigos, o mundo jaz no maligno! O homem vale pelo que tem não pelo que é; valores religiosos, morais e éticos já não se usam mais, o que importa mesmo são seus bens materiais. Pobreza é doença que não sara, é voz que não cala, clamando/ecoando em plena imensidão, é lepra que não larga o leproso em sua peregrinação; ninguém te ouve, não te ver, muito pelo contrário, todos zombam de você; todos se dizem ocupados, ninguém tem tempo a perder, ninguém lhe estende a mão quando a ele recorrer; ninguém se dará ao trabalho de está ali por perto quando você vir a perecer; parecem feitos de pedras, imunes ao que te afeta, nesse mundinho de cão que contra a sua intenção, nele viestes a pertencer; menosprezam-te pela aparência, e ainda fazem julgamentos precipitados de você. Sabemos que preconceito é crime, porém esse tipo de prática vergonhosa continua impunemente a acontecer. O homem é produto do meio em que está inserido, objeto de sua própria história, cujo passado inglória, se pudesse ele apagaria da memória; aliena-se a si mesmo, antes viver de sonhos, que viver a realidade, nua e crua, sem maquiagem, expondo suas fraquezas, suas vulnerabilidades, seus defeitos, seus fantasmas e ruínas, sua sina; quer viver tão somente de aparências, e dá satisfação aos outros de sua própria vida. O futuro embora a Deus pertença, o homem com sua ambição e descrenças, ignoram-no, tornam-no invisível; coloca nos bens materiais seu coração, fazendo do dinheiro, seu refúgio, e sua filosofia de vida; Desperdiçando seu precioso tempo, com coisas que não edificam. Em suma, o mundo está totalmente corrompido, o homem sem Deus é um réu, não tem paz no coração, sua vida é um tremendo vazio; perdido em meio à escuridão, vivendo de solidão, caminhando sem direção rumo ao abismo infinito; tristeza e amargura habitam no âmago do seu peito, sem ter mais a quem recorrer, nem para onde correr, ficam falando com os botões de sua camisa, indagando a si mesmo, murmurando contra Deus, culpando-o por sua insignificante vida.

Adilson Adalberto

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