Sexta, 05/10/12.
Eu sinto falta...
Eu sinto falta da minha infância,
dos meus tempos de criança, no sitio do senhor Aniceto, onde morava com a minha
família, da Rua João Feliciano de luna, e também da Olaria.
Eu sinto falta das brincadeiras:
carrinhos de rolimã, bolas de gude, soltar pipa na barreira, pião, baleadeira, de
minha vara de pescar, de jogar futebol na calçada da coletoria e na beira do
rio, de tomar banho de chuva e de bica.
Eu sinto falta dos meus tempos de
escola, na Escola Professor Mendonça e João Fagundes de oliveira, dos deveres
de casa, da tabuada tomada pela tia, de cantar e rezar na entrada e saída, da minha
basqueteira, sapato conga, AL Star e Montreal, nas aulas de educação física.
Eu sinto falta de minha adolescência,
da doce inocência, dos tempos que não voltam mais.
Eu sinto falta dos antigos
carnavais. Das escolas de sambas: última hora, beija-flor e a bagaceira; do
azul e branco na AABB, e do vermelho e preto no Itabaiana clube, do nó cego,
índios, ursos e boi, quando ainda eu era menino.
Eu sinto falta da minha mocidade,
das minhas amizades, do meu primeiro amor, da minha ingenuidade, da minha
alegria, da minha felicidade, do meu primeiro emprego, do meu primeiro beijo,
do meu primeiro caso, e até de meu primeiro porre, depois de tomar um fora de uma mulher ingrata; da minha
primeira namorada, das paixões platônicas, da primeira lágrima, do primeiro
flerte, da primeira cantada, da primeira transa e da primeira “serenata”.
Eu sinto falta da primeira dança,
do primeiro baile, dos primeiros pisões no pé da parceira, do coração batendo
forte e acelerado, das mãos suando e os pés gelados.
Eu sinto falta de namorar em casa
no sofá da sala, de estar sendo constantemente vigiado pela cunhada ou cunhado
mala, do beijo roubado, do abraço apertado, do amasso rápido, de ir à
missa, culto ou festas, andar de bicicleta e de mãos dadas, passear, lanchar, tomar
sorvete e namorar na praça.
Ah, como eu sinto falta!
Adilson Adalberto
Adilson Adalberto
muito legal !!!... pois existem recordações que ficam para sempre.
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